sexta-feira, 29 de abril de 2011

Análise de Homefront, o FPS carregado de polêmicas

Nome: Homefront
Gênero: Ação
Distribuidora: THQ
Plataformas: PS3, PC, Xbox 360

Em algum momento da sua vida, você já imaginou como seria se as duas Coréias se unissem e dominassem os EUA? Provavelmente não, mas Homefront faz questão de levar a política para dentro dos consoles em um enredo de revirar o estômago. Confira a análise completa:
Domínio Coreano
Sim, parece loucura, mas Homefront consegue ser um dos jogos mais polêmicos da atual geração graças ao seu enredo extremamente forte e político. O ano é de 2027, após uma unificação das Coréias, os países declaram guerra aos EUA e iniciam a invasão ao país norte americano. Você deve unir-se as forças de resistência e lutar contra o domínio oriental no território do Tio Sam.
Até então nada demais, apesar de fantasioso. Cansamos de ver em muitos filmes de ação alguns temas mais incríveis do que estes, como por exemplo, invasões alienígenas e supervilões destruindo cidades inteiras.
Mas o que chama a atenção realmente é o excesso de exageros que a THQ faz questão de promover. Logo no inicio, é possível notar uma cena com forte apelo, em que americanos são levados para campos de concentrações sem a menor piedade, e durante o percurso dentro de um ônibus, é possível assistir a cena de um casal sendo executado na frente do próprio filho pequeno.
Engana-se quem acha que esse é apenas uma introdução forçada e que no desenrolar da historia os apelos ficam de lado, pelo contrário, durante a jogo surgem outros elementos violentos. Em alguns momentos é necessário se esconder dentro de uma vala repleta de corpos ou em outros, unir-se a grupos que rebeldes que torturam sem a menor piedade, os soldados coreanos.
Isso faz com que seja necessário muito estômago para encarar esses apelos, entretanto, esse mesmo enredo apesar de chocante, mostra-se muito consiste em desenrolar a história, algo que em boa parte dos jogos em primeira pessoa não conseguimos ver, apenas embromações e mudanças drásticas na historia principal.


Homefront (Foto: Divulgação)Homefront (Foto: Divulgação)
Jogabilidade que merece destaque
Homefront apresenta um eficiente sistema de combate, com uma jogabilidade precisa e com excelente tempo de resposta. Excelente até demais, principalmente na hora de se atirar uma granada onde a velocidade é um recorde. O sistema de mira também ajuda bastante, pois em Homefront boa parte das armas utiliza pontos que facilitam na hora acertar seus inimigos a uma longa distância.
Ainda sobre as armas, Homefront apresenta uma variedade incrível de armamento. Diversos tipos de fuzis, armas de grande e pequeno porte são disponibilizadas para acabar com a invasão coreana. Isso sem contar nos veículos utilizados para acabar com o armamento inimigo de maior porte. Ficam à sua disposição tanques, helicópteros e até um carro de combate acionado automaticamente, bastando mirar os alvos e executar as ordens.
No multiplayer essa mesma jogabilidade também facilita, apesar de os personagens se comportarem de forma bem artificial (com pulinhos e movimentações imprecisas), não é nada complicado acertar aquele inimigo cruzando seu caminho repentinamente.

Homefront (Foto: Divulgação)Homefront (Foto: Divulgação)
Decepcionando na parte visual
Enquanto a jogabilidade atrai os fãs do gênero, os gráficos de Homefront afastam muitos jogadores, principalmente aqueles acostumados com clássicos da geração atual como Call of Dutty e Killzone. Tudo isso porque a THQ não conseguiu realizar um bom trabalho na hora de apresentar um EUA devastado pela guerra coreana em seu território.
Os cenários são repletos de destroços e outros elementos posicionados estrategicamente para facilitar a sua vida diante de seus inimigos, mas ao mesmo tempo, eles são bastante simples e mal acabados. Isso sem contar nos deslizes inaceitáveis para jogos da geração, como a famosa cena em que você tentar atirar por um polígono vazio e a bala simplesmente não passa por ali, como se no local estivesse uma barreira invisível.
Os personagens também possuem feições nada realistas, com poucas expressões faciais e sem nenhum detalhe que chame a atenção. Além disso, os inimigos são bem parecidos e confundem bastante quando estão reunidos em um determinado local.

Homefront (Foto: Divulgação)Homefront (Foto: Divulgação)
Muito fácil ou muito difícil
O jogo também chama atenção pela dificuldade muito bem balanceada. Enquanto torna-se uma tarefa nada difícil terminar um capítulo sem utilizar checkpoint, é uma tarefa um tanto árdua completar uma missão no modo mais difícil. Se você, aficionado por conquistas e troféus, pretende desbloquear estes dois citados em uma única missão, esqueça, essa é uma tarefa praticamente impossível.
Ainda sobre seus inimigos, a IA, como na maioria dos jogos do gênero, não é afetada nessa mudança de dificuldade, isso acaba tornando-se um tanto desagradável, pois inúmeras vezes os inimigos insistem em aparecer onde você está mirando ou simplesmente ignorar uma granada arremessada contra eles. Mas convenhamos, não é difícil encontrar jogos que as consequências são exatamente essas.

Homefront (Foto: Divulgação)Homefront (Foto: Divulgação)
Infelizmente Homefront apresenta outros pontos a serem questionados. Na versão para PS3 que o TechTudo testou, vivenciamos um bug no qual não conseguíamos voltar a nossa campanha salva, ao irmos na opção Resume Campaing, o jogo simplesmente travava o PS3. A primeira solução para o problema foi selecionar a missão e o capítulo exato em que aconteceu o último checkpoint. Depois, uma atualização do jogo na PSN corrigiu este problema.
O outro ponto em que Homefront fica devendo é em relação ao tempo de gameplay. Antes mesmo do jogo chegar ao Brasil, muitos sites estrangeiros já apontavam esta reclamação por parte dos jogadores. Mas apenas depois de testarmos comprovamos que em pouco mais de 6 horas é possível virar o jogo. E em níveis mais baixos de dificuldades seja possível terminar o jogo em menos tempo.
Homefront (Foto: Divulgação)Homefront (Foto: Divulgação)
Conclusão 
Homefront pode não ser o melhor jogo no quesito aparência e funcionalidade, mas se destaca pela diversão e por elementos que os seus concorrentes não conseguem executar perfeitamente. Com gráficos simples e uma movimentação longe dos 60 quadros por segundo apresentados por Call of Duty, o jogo convence pelo seu modo multiplayer atraente e pelo seu enredo envolvente. Entretanto, Homefront não é aconselhado para pessoas mais sensíveis devido às exageradas cenas de violência.

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